Poems

Cartão-postal sem fôlego

A natureza não cuida de nada
nem olha pra trás.
Pára-raios e paraísos
e todos os verbos no infinito.
Morro
dentro da paisagem
onde as estações passam
nos relógios ao relento.
Pelas janelas do trem
ao tempo
bruscos recortes rápidos
arrancados pela raiz do ar livre:
o que a lua tira da pedra
pedaços de céu e mar
montanhas, ah! além e alheias
folhas rasgadas, deve & haver o quê?
E em qual caderno?